
No dia 7 de setembro, entidades e pastorais em todo o Brasil promoveram o 15° GRITO DOS EXCLUIDOS, cujo tema e lema esse ano é “VIDA
Com esse lema, o 15º GRITO nos convoca e desafia a pensar e discutir com a sociedade a atual crise do capitalismo, que mais uma vez deixa a conta para os pobres pagarem; e a necessidade de construir um novo projeto civilizatório, onde a dignidade da vida esteja em 1º lugar. Vida digna e justa é mais do que mera sobrevivência; exige mudança e condições reais que garantam as aspirações básicas do ser humano. O lema também afirma que a força da transformação está na organização e participação popular, um dos grandes desafios para quem sonha um novo projeto de sociedade, onde a democracia, justiça e paz sejam realidade.
O GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS é um tempo oportuno para a reflexão, para ouvirmos as vozes de milhares de pessoas, de um modo muito especial os que vivem silenciados no anonimato. Gritos fracos, inaudíveis, mas que precisam ser ouvidos por nós, sob a pena de sermos reconhecidos como falsos cristãos, desatentos aos sofrimentos dos empobrecidos, sem compaixão, realizando uma missão medíocre, se não o fazemos.
A organização do povo é o caminho que devemos percorrer, motivados pela Palavra e Eucaristia, para que a vida em plenitude para todos seja alcançada, sinal do Reino de Deus: projeto, utopia e realidade.
Como uma manifestação popular que acontece desde 1995 carregada de simbolismo, o Grito dos Excluídos é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
Sua intenção é:
* Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
* Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
* Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal visando desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
O Grito se define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.
As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos - e que se estendem por todo o território nacional.
Em Campinas, tradicionalmente se realizou a manifestação logo após o desfile oficial de 7 de setembro, quando os manifestantes das diversas pastorais da Igreja Católica ocuparam a Avenida Francisco Glicério.
